sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O ator

É dia e já está tudo pronto para uma vivencia única, que se repete algumas vezes por aqui, mas que continua sendo única, a encenação da morte de Cristo. O clima desse momento, como sempre, leva-nos a reflexão do mesmo.

As roupas do soldado, responsável por flagelar Jesus, dão realismo à representação de um episódio histórico e marcante, que foi tão bem encenado por tantos atores, mas que hoje é diferente. Há mais verdade no rosto do ator, suas expressões são dignas de um grande soldado.

Nas mãos um chicote feito de barbante, na cabeça um capacete, criado pelo pai e feito da caixa do “panetone” e sobre os ombros uma capa vermelha feita pela avó. O teatro é silencioso, para que ninguém perceba, sendo possível ouvir somente os sussurros do ator que tem seu texto decorado.

Um pequeno movimento dentro de casa faz com que o ator interrompa a apresentação e precise dar atenção à sua mãe que insiste para que o soldado se alimente, afinal, um soldado mal alimentado é um soldado fraco, porém o grande ator pede para que a mãe espere, pois ele agora está ocupado e a dispensa dizendo que depois come.

Espera a mãe se retirar para continuar a sua peça, pois não há espaço para espectadores, somente ele, suas roupas e o texto em seu “palco-quintal”, a platéia também é parte da sua imaginação.

O teatro continua e sem nenhuma piedade de Cristo, o soldado lhes da as chibatadas, o crucifica e festeja o seu feito.

Jesus morre!!!

E a essa altura o ator já está guardando a capa do soldado dentro do capacete para que ela não se perca e amanhã possa encenar novamente.

Tudo sistematicamente finalizado, o ator se veste de menino e corre para a cozinha dizendo – pronto, mãe, agora eu quero um danoninho - e num sorriso adorável abraça a mãe como forma de agradecimento pela espera e pelo danoninho, é claro,

sábado, 20 de agosto de 2011

De volta ao começo
Composição: Gonzaguinha

E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão
E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'

Caio fernando de abreu

Nunca um texto me coube tão bem, me visto desta palavras com se fossem minhas!!!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011


"MINHA SOLIDÃO SE SENTE ACOMPANHADA, POR ISSO AS VEZES SEI QUE NECESSITO TEU COLO..." (Pablo Milanés)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

...

Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve. Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver.

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação
e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso,
pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra
e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos…
Netos, pros vizinhos…
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma
pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Alguém ja ouviu falar em milagres?


Você acredita neles? Eu tinha certas dúvidas a respeito desse assunto, até que no dia 31/03/2011 nasceu um pequeno milagre de Deus e da ciência, nasceu a CLARA pra colocar à prova toda nossa força, paciência e fé. Hoje, ao olha seu rostinho dormindo em paz no seu berço, resolvi dizer, para os que ainda tem dúvida, que milagre existe sim e que tenho a honra de ser mãe de um deles!!!